Laserterapia

Autora: Elizangela Aparecida Barbosa

O mundo está a cada dia mais tecnológico e que há de mais moderno hoje na área da saúde é tratamento com laser para diversas especialidades da saúde.

A laserterapia vem auxiliar os profissionais de saúde em  suas práticas diárias como uma ferramenta complementar ao trabalho segue abaixo algumas profissões que já utilizam essa ferramenta. Vale ressaltar que em cada área o profissional deve ter certificação para aplicação e respeitar limite de aplicação e abrangência exemplo: fonoaudiologia aplica na área amamentação (mamilo) cabeça e pescoço, fisioterapia no corpo, enfermagem em ferida e úlceras de pressão e odontologia em dentes partes moles de abrangência do trabalho e ILIB que é laserterapia sistêmica todos aplicam.

Na medicina, odontologia é usado laser de alta potência acima de 500mW como: laser cirúrgico com efeito de corte, vaporizar, carbonizar e coagular as células e tecidos do corpo humano.

Já na fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem, nutrição, estética é usado laser de baixa potência até 500mW com efeito de diagnóstico ou terapêutico com ação sobre o trofismo celular.

O Laser de baixa potência para o diagnóstico é utilizado na: Espectroscopia, Fluorescência e Biospeckles.

O Laser de baixa potência para o Tratamento é utilizado na: Laseterapia e na Terapia Fotodinâmica (PDT).

É um tratamento não invasivo com baixa contra indicação e não medicamentoso, que consiste na absorção da luz e sua utilização na atividade celular.  O estímulo luminoso é o gatilho para a regulação do metabolismo.

A laserterapia é aplicada em recém nascido, mulheres em puerpério, crianças, adolescentes e idosos.

O Laser deve ser indicado com critérios e dentro de um plano terapêutico  e a aplicação por profissionais habilitados, a fim de garantir resultados satisfatórios.

O Laser tem ação sobre diversos tecidos: ósseo, epitélio, conjuntivo, muscular e nervoso.  E cada tecido interage de maneira diferente com os diversos comprimentos de onda.

Na Laserterapia os comprimentos de onda com maior penetração no tecido humano são o vermelho e o infravermelho.

A Laserterapia é aplicada local e via sistêmica  que é o ILIB via uma pulseira , no qual a luz percorre a corrente sanguínea .

A Laserterapia tem o efeito Cicatrizante e Analgésico vejam abaixo as algumas das doenças que tratada com Laser melhora qualidade de vida de seus pacientes:

Fissura Mamilar, Alzheimer, Parkinson, Autismo, Esclerose Múltipla Lateral, Disfagia, Síndrome de Guillan Barré, Sindrome de Rett, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Acidente Vascular Cerebral Encefálico (AVCE), Esclerose Múltipla Amiotrófica, Demências, Paralisia Facial, Problemas Vocais, Rinite, Disfonia, Paralisia Motora, entre outras.

Figura1- Laserterapia paciente Após AVC com Paralisia Facial
Figura 2- Laserterapia em Criança Respirador Oral com Alteração de Fala

O mecanismo de ação: a)  O LASER é aplicado sobre o tecido, com determinada onda, potência, tempo, energia e exposição radiante, sempre de acordo com as características do tecido e do problema acometido;

b)  O estímulo é absorvido pelo tecido no nível celular inicialmente, já que as células possuem cromóforos (ou fotorreceptores), que podem ser enzimas, moléculas da membrana celular ou qualquer outra estrutura que tenha afinidade pelo comprimento da onda aplicado (vermelho ou infravermelho);

c)  Ao ser absorvido na célula, também é absorvido no átomo, onde ocorre o deslocamento da órbita dos elétrons promovendo excitação nos mesmos que, ao retornarem ao estado anterior liberam ATP, que será utilizado pelas células desse tecido para o desenvolvimento de suas funções;

 d)  Em consequência, há reações bioquímicas que favorecem a resposta biológica pretendida (anti-inflamatório, analgésica, cicatricial, antiedematoso, reparação nervosa/ muscular e anti-bactericida) e permite a proliferação celular e a síntese proteica.

Efeitos terapêuticos: efeito analgésico, efeito anti-inflamatório, efeito antiedematoso e efeito cicatrizante:

a)  Efeito analgésico – A radiação age desde os receptores periféricos até o SNC, promovendo o alívio da dor, especialmente nos casos de dor crônica, pela estimulação da liberação de beta-endorfinas.;

 b)  Efeito anti-inflamatório – há redução da inflamação por estímulos de reabsorção de exudatos e eliminação de substâncias alógenas. Além disso, há interferência na síntese de prostaglandinas que levam à redução da inflamação, bem como ação na microcirculação que, acelerada, reduz o edema e elimina o acúmulo de catabólitos. Finalmente, há efeitos na redução do consumo de oxigênio e glicose nas células;

c)  Efeito antiedematoso – ocorre redução do edema pelo estímulo à microcirculação, que favorece a drenagem do plasma, bem como a ação fibrinolítica;

d)  Efeito cicatrizante – pelo aumento da produção e liberação de ATP nas células, há estímulo à mitose, ao metabolismo, ocorre vasodilatação local e aceleração da reparação tecidual. Além disso, também influencia na proliferação celular do endotélio, contribuindo na angiogênese e, consequentemente, na aceleração do reparo de feridas5,13;

e)  Reparação de lesão muscular – A lesão muscular promove danos na estrutura celular do tecido prejudicando sua função. Essas alterações na estrutura da célula promovem o processo de inflamação no tecido muscular, que é composto basicamente por três fases: degeneração, reparo e remodelamento. Essas fases apresentam características específicas e fundamentais para a adequada restauração da estrutura e função do tecido muscular lesado.  Regeneração de nervos periféricos – Nervos periféricos são alvo constante de lesões traumáticas que podem resultar em déficits motores com o decorrer do tempo que alteram suas propriedades mecânicas e neuroquímicas, bem como podem proporcionar complicações irreversíveis.

 g)  Efeito anti-bactericida: A terapia fotodinâmica (PDT) é uma modalidade de fototerapia que se utiliza do LASER vermelho associado a um fotossensibilizador (ou corante, que geralmente é uma solução de azul de metileno a 0,005%), e ao oxigênio para promover ação antimicrobiana e favorecer a cura de patologias como herpes, candidíase e quaisquer infecções localizadas superficiais.

Referências:

  1. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th Ed. Washington, DC: American Psychiatric Press, 1994. 
  2. Barbosa EA, Profissionais da Saúde & Home Care, Rio de Janeiro: Revinter; 2016.
  3. Barbosa EA, Fonoaudiologia & Home Care, Rio de Janeiro: Revinter; 2017.
  4. Barbosa EA, Manual Prático de Disfagia para Home Care, Rio de Janeiro: Revinter; 2018.
  5. Costa SAP. Estudo do efeito analgésico do laser de baixa potência na mialgia dos músculos mastigatórios: estudo clínico randomizado duplo-cego. [Dissertação de Mestrado]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo. Curso de Odontologia. Departamento de Odontologia; 2015.
  6. Andrade G, Villalpando KT. Avaliação clínica do laser de baixa potência no controle da dor, edema e do desconforto após cirurgia plástica periodontal. XX Encontro de Iniciação Científica, V Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. 2015 Set 22-23. Campinas: Puc; 2015.
  7. Andrade FSSD, Clark RMO, Ferreira ML. Efeitos da laserterapia de baixa potência na cicatrização de feridas cutâneas Rev Col Bras Cir. 2014; 41(2): 129-33. 14. 
  8. Camargo Filho JCS, Garcia BC, Kodama FY et al. Effects of Aerobic Exercise on the Skeletal Muscle of Rats Exposed to Cigarette Smoke. Rev Bras Med Esp. 2011; 17: 416-9. 15. Felismino AS, Costa EC, Aoki MS et al. Effect of lowlevel laser therapy (808 nm) on markers of muscle damage: a randomized double-blind placebo-controlled trial. Lasers Med Sci. 2014. 29(3): 933-8.
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