A necessidade hídrica basal para o adulto, depende das perdas de água sensíveis (urinárias) e insensíveis (suor, respiração, fezes e outros). Varia de 1.250 a 3.00 mL/dia, dependendo da superfície corporal, quantidade de massa celular, idade e sexo. Em Algumas situações, a necessidade de água pode aumentar, como: febre, sudorese excessiva, metabolismo aumentado e, também, nos casos de perdas hídricas extras (vômitos, diarreia, fístulas digestivas)
A desidratação pode ser um grande problema para indivíduos com disfagia. É essencial o monitoramento rigoroso da hidratação através de registros diários de entradas (ingestão) e saídas (excreção) de líquidos, dados laboratoriais e indicadores físicos, como mucosa seca, turgor deficiente da pele e urina escura. Para alguns desses indivíduos, o diagnóstico clínico da desidratação pode ser difícil. Principalmente, devido às modificações de turgor da pele, associados à idade. Vale ressaltar que idosos e crianças desidratam com mais facilidade.
Os níveis sanguíneos elevados de sódio, a uréia, o hematócrito e a s osmolalidade também podem ser utilizados como indicadores de desidratação.
O uso de alimentos com alto conteúdo de liquido, como purês de frutas e hortaliças, mingaus de cereais, manjares e pudins, assim como o uso de líquidos espessados para aqueles que são incapazes de ingerir líquidos ralos, ajudam a prevenir a desidratação. É essencial, portanto, conhecer a quantidade de água livre presente nos líquidos espessados. Os líquidos espessados com amido natural e modificado podem ser considerados como água livre para a hidratação do paciente, pois o processo digestivo normal libera a água ligada ao amido.
Caso o paciente não consiga ingerir a sua necessidade hídrica por via oral, a reposição de líquidos por via sonda nasogástrica ou nasoentérica, ou por via endovenosa, deve ser indicada.
Necessidades basais diárias de água em temperatura ambiente de acordo com a idade
Idade (anos) | Necessidade de água (mL/kg de peso ideal/dia) | |
Jovem ativo | 16 a 33 | 40 |
Adultos | 18 a 55 | 35 |
Idosos | 55 a 75 | 30 |
Idosos | Acima de 75 | 25 |
Na prescrição da dieta para o paciente disfágico, vários fatores precisam ser considerados, como: grau da disfagia, estado cognitivo, capacidade de incorporar manobras compensatórias, grau de independência alimentar, estado nutricional, aceitação e preferências alimentares, disponibilidade de supervisão profissional e familiar, como também, as condições sócio-econômicas.
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