O processo terapêutico tem como objetivo mudar a fisiologia da deglutição, podendo ser necessária a utilização de estratégias compensatórias para redirecionar e melhorar a deglutição, evitando, desta forma, que ocorram as aspirações e broncoaspiração. Durante o processo de reabilitação estamos mexendo no comportamento e no funcionamento do organismo.
A reabilitação tem por objetivo alcançar a “independência funcional” do paciente; seja motora, comunicativa ou alimentar.
O ato de Reabilitar significa garantir que as atividades rotineiras sejam realizadas com funcionalidade, mesmo sendo de maneira diferente dos indivíduos considerados normais, ou seja, sem déficit.
Para reabilitarmos um indivíduo portador de disfagia tem ser realizada uma avaliação clínica detalhada da deglutição, que possibilite a obtenção de informações e dados do sujeito que nortearão o plano terapêutico de reabilitação ou gerenciamento da deglutição.
A avaliação é porta de entrada no processo de reabilitação e quando avaliamos, já estamos planejando a terapia fonoaudiológica, ou seja, já estamos fazendo o raciocínio clínico do que é necessário para reabilitar determinada alteração. E na maioria das vezes, não fechamos o diagnóstico fonoaudiológico na primeira avaliação.
E, sempre que atendemos o paciente, continuamos avaliando para chegarmos à conclusão do seu caso ou até mesmo para mudarmos nossa conduta terapêutica com a evolução diária ou regressão de cada indivíduo.
Vale, salientar que devemos saber quando chegamos ao limite terapêutico, como também, deixar claro para os familiares e pacientes que nem sempre a alta fonoaudiológica é sinônimo de alimentar-se exclusivamente por via oral.
O paciente que permanece com o aporte nutricional pela via alternativa de alimentação e alimentando-se por via oral somente por prazer através de consistências, volume, temperatura e utensílios específicos para o seu quadro, também pode estar de alta da terapia fonoaudiológica e ser somente gerenciado pelo fonoaudiólogo.
O gerenciamento fonoaudiológico inicia-se com a intervenção do fonoaudiólogo na disfagia, desde a organização do local na qual se processa o atendimento no caso residência do paciente; afim de criar rotina durante as refeições do paciente.
A reabilitação da disfagia apresenta uma abordagem fisiológica de terapias que tem como objetivo normalizar, adaptar ou compensar a função da deglutição. E temos dois tipos de terapias que podem ser direta ou indireta.
Objetivos dos exercícios:
– Orientar;
– Fomentar os exercícios;
– Ajudar pacientes com à Disfagia a realizar exercícios diários de maneira simples, fácil, seguro e sem oferta de líquidos ou alimentos;
– Manter execução de exercícios na rotina diária do paciente e do cuidador;
– Facilitar atendimento do fonoaudiólogo com informações assertiva.
Público-alvo: pacientes, cuidadores, fonoaudiólogos (as) e profissionais de saúde de modo geral.
Os benefícios dos exercícios:
– Organização da rotina;
– Aceitação do paciente;
– Interação e vínculo com cuidador;
– Melhora no quadro de disfagia;
– Equilíbrio da flora bucal;
– Interdisciplinaridade na atuação da disfagia com os demais profissionais de saúde;
– Base para outros exercícios de disfagia que deverão ser aplicado pelo fonoaudiólogo.
Observações Relevantes:
A disfagia não tratada pode levar o paciente a óbito por broncoaspiração.
Esse material contém orientações básicas e não substitui à presença do profissional fonoaudiólogo na reabilitação da disfagia.
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Referências :
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Livros e outras monografias Ziglio E, Barbosa R, Charpak Y, Turner S, editors. Health systens confront poverty [Internet]. Copenhagen: World Health Organization; 2003 [citado 3 Nov 2006]. (Public health case studies; n. 1). Disponível em: http://www.euro.who.int