A DISFAGIA E O RISCO EM IDOSOS

A disfagia é a dificuldade para engolir.

Em pacientes acima de 65 anos de idade são os mais propensos a adquirir a disfagia causada por um evento agudo, como a infecção, ou pela exacerbação de uma doença crônica. Diversos estudos demonstram que, na população geral de pacientes hospitalizados, aproximadamente 15% apresentavam a disfagia.

E entre os idosos avaliados em internação em casas de repouso, de 50 a 90% deles apresentavam algum problema de deglutição de alimentos sólidos ou líquidos.

Como o idoso é o segmento da população mundial com crescimento constante e acelerado, cada vez mais, os esforços devem ser maiores com o objetivo de diagnosticar precisa e precocemente a disfagia.

É também, importante salientar e reconhecer que o avanço da idade traz mudanças na deglutição; alterações, que não devem ser vistas como problema.

Como características normais, os indivíduos acima dos 65 anos de idade deglutem mais lentamente que os jovens abaixo dos 45 anos de idade. Ou seja, embora pareça não existir, entre os idosos, efeito da idade no resíduo oral, o tempo de trânsito oral e o tempo do trânsito e de clareamento faríngeo são todos prolongados.

Isso indica aumento de tempo de exposição da glote ao bolo engolido.

A fadiga, geralmente vivenciada por idosos, pode ser relevante para a segurança na realização de uma refeição. Também, em condições de estresse (como em traqueostomias e durante o uso de certos medicamentos), há uma menor capacidade dos  mecanismos de deglutição a serem  compensados nesses indivíduos, colocando-os em maior risco de aspiração.

 A produção da pressão da língua parece estar diminuída em idosos, mesmo que a magnitude das pressões máximas, durante a deglutição, não seja diferente comparada à dos indivíduos mais jovens. Provavelmente, a deglutição lenta dos idosos permite o tempo necessário para que ocorra a pressão lingual ideal, requerida para a propulsão do bolo através da orofaringe.

Em vários aspectos do mecanismo da deglutição orofaríngea podemos mudar com a idade. Mudanças sensoriais, relacionadas à idade ( paladar, olfato, sensibilidade táctil e percepção de viscosidade), parecem ter, isoladamente, pouco impacto funcional. Entretanto, elas podem contribuir para comportamentos mais lentos e ou compensatórios, como alteração nas preferências alimentares. Podemos acrescentar que a dentição alterada pode mudar o tamanho de um bolo e levar à preferência por alimentos mais moles.

O uso de próteses dentárias pode afetar os aspectos sensoriais da mucosa. E a presença de osteoporose, comum em idosos, pode contribuir para a atrofia óssea dos alvéolos.

A realização de tarefas motoras grosseiras, ou mais apuradas, diminuí com a idade. Essa alteração pode ser causada por algum mecanismo do sistema nervoso central, no qual o cérebro é menos capaz de distinguir sinais elétricos.

Em adição, a atrofia muscular, que é caracterizada pela redução do número de fibras musculares (sarcopenia), é comum em idosos. Além da musculatura esquelética, a sarcopenia pode alterar a contração muscular da face e da musculatura mastigatória e lingual.

E também, muitas doenças como: AVC, Doença de Parkinson e câncer de cabeça e pescoço são mais prevalentes em idosos. Com isso, esses indivíduos apresentam maior risco de passar de uma condição normal para um estado clínico marcado pela disfagia, com aumento da morbidade e mortalidade.

Nesses casos é sempre importante avaliação de um fonoaudiólogo especialista em Disfagia.

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