A disfagia é dificuldade de engolir. Você sabia que existem níveis e classificação para essa alteração no ato de engolir ?
Após diagnóstico da Disfagia o profissional deverá classificar os níveis de gravidade da patologia, para assim traçar metas e objetivo de acordo com individualidade de cada caso e patologia associada com a indicação da dieta mais adequada para cada paciente.
A escala FOIS – Functional Oral Intake Scale é a mais utilizada e indicada pela “American Dietetic Association” . Nessa escala de severidade da Disfagia apresenta-se em sete níveis, sendo que o Nível 1 representa o mais avançado da disfagia e o Nível 7 a condição normal de deglutição.
Para a classificação é utilizada uma avaliação instrumental com realização dos exames: Videoendoscopia e Videofluroscopia ou Videodeglutograma.
Vejamos a escala:
Nível 1: Disfagia Grave
Pode-se verificar um ou mais dos seguintes problemas:
– Retenção severa de alimento em faringe, com impossibilidade de clareamento.
– Perda ou retenção severa do bolo alimentar em cavidade oral, com impossibilidade de clareamento.
– Aspiração silenciosa de duas ou mais consistências, ausência de tosse voluntária, ou incapacidade de alcançar a deglutição.
Nível 2: Disfagia Moderada-Grave
Pode-se verificar um ou mais dos seguintes problemas:
-Retenção alimentar severa em faringe, com impossibilidade ou dificuldade de clareamento, ou necessitando de várias solicitações do examinador.
-Perda ou retenção severa do bolo alimentar, com impossibilidade ou dificuldade do clareamento, ou necessitando de várias solicitações.
– Aspiração de duas ou mais consistências alimentares, ausência de tosse reflexa, tosse voluntária fraca, ou aspiração de uma ou mais consistências, sem tosse, e penetração de uma ou mais consistências, sem tosse.
Nível 3: Disfagia Moderada
Pode-se verificar um ou mais dos seguintes problemas:
-Retenção alimentar moderada em faringe, clareada após a solicitação do examinador.
-Retenção alimentar moderada em cavidade oral, clareada após solicitação.
-Penetração do alimento ao nível das pregas vocais sem tosse, de duas ou mais consistências, ou aspiração de duas consistências, com tosse fraca ou ausência de reflexo de tosse, ou aspiração de uma consistência, sem tosse, e penetração nas pregas vocais de uma consistência, sem tosse.
Nível 4: Disfagia Leve-Moderada
Pode-se verificar um ou mais dos seguintes problemas:
-Retenção de alimento em faringe, clareada após a solicitação do examinador.
-Retenção alimentar em cavidade oral, clareada após solicitação.
– Aspiração de uma consistência de alimento, ou penetração ao nível das pregas vocais com tosse, de duas consistências, ou penetração ao nível das pregas vocais sem tosse, de uma consistência.
Nível 5: Disfagia Leve
Pode-se verificar um ou mais dos seguintes problemas:
-Aspiração apenas com líquidos ralos, mas com reflexo forte de tosse presente para clareamento completo do material aspirado.
-Penetração do alimento ao nível das pregas vocais de uma ou mais consistências de alimentos, mas clareadas espontânea e completamente.
-Retenção do alimento em faringe, mas clareada espontaneamente.
– Disfagia oral leve com redução da mastigação e /ou retenção do bolo alimentar em cavidade oral, mas clareada espontaneamente.
Nível 6: Deglutição Funcional
Retardo Oral ou faríngeo leve, retenção leve de alimento em faringe, mas espontânea e independentemente compensada, sem penetração ou aspiração de nenhuma consistência de alimento.
Nível 7: Deglutição Normal
Devemos salientar que é importante as sessões de fonoaudiologia para reabilitação da deglutição e evolução do caso com dieta correta evitando prejuízo pulmonares e risco à saúde como óbito.
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Disfagia Mata ! Atenção ?? – YouTube
Dica para paciente disfágico – YouTube
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